MOSQUITO VETOR - TRANSMISSOR DA LEISHMANIOSE
Pelo fato da doença denominada Leishmaniose, em sua forma visceralconhecida por Kalazar, estar se alastrando pelo território nacional, inclusive havendo já sido assinalada em algumas cidades situadas no Norte do Estado de S. Paulo vizinhas a Araçatuba, e sendo o vetor dessa doença, o mosquito conhecido vulgarmente por MOSQUITO PALHA ou CANGALHINHA, é oportuna e necessária a divulgação das características desse mosquito, ainda pouco conhecido mesmo em nosso interior paulista.
É em zoologia referido mosquito descrito na classe INSECTA, ordem DIPTERA, gênero LUTZOMYIA, medindo em torno de 3 milímetros de comprimento (vide desenho acima). Possuem a chamada peça bucal bem desenvolvida em forma de trompa, necessária para o ato de sugarem sangue, que é o alimento apenas das fêmeas desse inseto, já que os machos nutrem-se de seiva de plantas. Têm também o corpo revestido por formações quitinosas com a forma de pêlos e coloração amarelada, o que lhes dá aspecto de areia ou palha de milho, daí seu nome no Brasil de Mosquito palha, e nos Estados Unidos da América de " sandflies ".
Têm o hábito as fêmeas desses insetos alados de depositarem seus ovos em locais úmidos e escuros, como tocas de tatus e outros animais silvestre, ou fendas do solo e cavernas com pouca luz. De cada ovo gerado com as reservas nutritivas próprias, nascem em geral quatro larvas ao cabo de 4 a 6 semanas; Estas evoluem para a fase de pupa que ao fim de aproximadamente 10 dias eclodem dando nascimento ao inseto adulto alado.
Pelo de fato das fêmeas desses insetos alimentarem-se exclusivamente de sangue, e com a particularidade de buscarem suas vítimas sempre ao entardecer, na hipótese dessas vítimas quer sejam animais mamíferos ou o homem estarem contaminados pelo agente causador da Leishmaniose, encontrarão nesses insetos o hospedeiro intermediário para completarem seu ciclo biológico e tornando-se esses mosquitos vetores para a Leishmaniose, dando assim continuidade a través de futuras picadas do inseto a novas vítimas desse terrível mal.
Devido a particular biologia e habitat das larvas desses insetos e de seu hábito de vida tornam-se de difícil combate a través de pulverizações tradicionais com inseticidas, assim exigindo para que não venham a picar animais sensíveis que estes sejam mantidos em local telado pelo menos no entardecer, o que é praticamente impossível a não ser em pouquíssimos casos.
Cães tem sido responsabilizados como particularmente sensíveis a leishmaniose, e por se tratar de doença ainda de difícil tratamento, além de caro, tal recurso vem sendo aplicado apenas em pessoas diagnosticadas como doentes do mal. Já os cães, eqüinos (cavalos e burros), além do hamster utilizado em laboratório já assinalados como possíveis de se contaminarem pela leishmaniose, seu destino profilático para interrupção da cadeia biológica da doença é a eutanásia.
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