quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A IMPRENSA NÃO APRENDE...

                  Chargista se inspira na Charlie Hebdo. E é ameaçado por torcidas paulistas
O ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo no dia 7 de janeiro, em Paris, que resultou em 12 mortes, trouxe para o centro do debate global a discussão sobre a liberdade de expressão. Durante esses debates, muitos relativizaram ao argumentar que os chargistas entraram em um terreno perigoso, o da religião. No Brasil, quando o tema é o futebol, a situação também é sensível.
Na semana passada, o chargista paulistano Diogo Salles retratou os presidentes do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e do Palmeiras, Paulo Nobre, trocando um beijo caloroso. Ambos observados pelo palmeirense Dudu e pelo são-paulino Alan Kardec, atacantes que foram alvos de disputa entre os dois clubes. Provocativa, a charge, inspirada no Charlie Hebdo, ataca a postura dos dirigentes e mexe naquele que, segundo o autor, é o maior tabu no futebol brasileiro: a homossexualidade.
   A capa da Charlie Hebdo que inspirou a charge de Diogo Salles no blog ESPN FC: beijo entre Paulo Nobre, do Palmeiras, e Carlos Miguel Aidar, do São Paulo
                                É OU NÃO É FALTA DE RESPEITO COM AS PESSOAS.
"Houve um ataque em bloco, pela internet, dos torcedores do Palmeiras, que se sentiram ofendidos pela charge. "Sofri várias ameaças violentas, muita gente pediu para que eu não mexesse com isso. “É uma tradição brasileira, de se deixar tudo como está”, diz. Salles, que foi chargista do extinto Jornal da Tarde por cinco anos, conta que desde aquela época, as charges que envolviam futebol eram as que mais geravam críticas. "Das sete charges que eu fazia por semana, pelo menos uma era de futebol".  
Ele explica: "os torcedores agem como em um regime fechado. Dos tabus do futebol, a homofobia é o maior. O racismo também é uma coisa que incomoda demais. Uma coisa interessante é como o torcedor vê. Eu brinquei com os dirigentes, que são políticos. (Na verdade a imprensa não aprende, eles forçam uma barra pra ver se o povão aceita calado a falta de respeito que a imprensa não tem, e eles estão tendo decepção por que o povão não vai deixa barato).  Mas eles encaram como uma ofensa ao clube e não é nada disso. Se não é nada disto por que, que ficam mexendo com quem ta quieto, pra que, que colocam o nome dos dois dirigente em cena degradante, que tinha que processa a imprensa deveria ser os dois dirigente, e pedir uma indenização boa pra ver se a imprensa respeite as pessoas.
O chargista diz estar acostumado com os comentaristas de internet, que no meio do futebol, costumam como fazem nas ruas, em grupo.  "Às vezes eu entro, respondo, mas quando a gente parte para o debate, somem todos". Na verdade como eu já disse temos que respeitar o direito das pessoas, a imprensa também provoca de pois ficam reclamando.



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