Primeira   certeza: os mortos não estão mortos
"Pois,   se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante   Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). Esta   certeza consiste em três partes:
a) No Novo Testamento,   a ressurreição se refere principalmente ao corpo
O "dormir"   dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos   corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia   não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro,   depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no   paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo,   que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito   do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se   com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente   convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo   de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor"   (Fp 1.23).
Quando os   saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos,   Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos,   não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou   o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não   é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor   Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem   crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê   em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26). Em   João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar   a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem   que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua   vivendo.
Em 2 Coríntios   5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo   "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo   estamos com Cristo.
Romanos   8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro   lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se,   porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está   morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da   justiça."
Em 1 Tessalonicenses   4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que   Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente   eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria   está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão   ressuscitados.
b) A esperança   de estar com Cristo
Mas a realidade   é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da   salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não   dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã".   Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus,   enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus   não verá a morte: "Não queremos, porém,   irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não   vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança"   (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão   em Cristo!
O versículo   14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus   morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará,   em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição   Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,   assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer   com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir   por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para   dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre,   ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou   convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos,   para levá-los para junto de Si.
c) A garantia de que   os mortos virão com Cristo
A promessa   de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que   dormem" é uma afirmação revolucionária.   É importante observar que não está escrito: "trará   para Ele", mas "trará, em sua companhia",   ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica   ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não   serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar,   Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão   com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro   lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação   dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos   ao encontro do Senhor (v.17).
Examinemos   o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto   que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos   também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com   Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque,   se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus   dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista   e Corrigida).
Portanto,   isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são   os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos   serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes   vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu   com Jesus.
O fundamento   dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente   por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste   a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa   é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez   Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes)   que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta   certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16).   Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda   certeza: o Senhor voltará pessoalmente
"Porquanto   o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A   ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor   Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro   da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo   vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou   pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor   não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer   isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente   a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar,   voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós   também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz   por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará   pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está.   Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar   a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10;   Hb 10.37).
Terceira   certeza: a palavra de ordem
"Porquanto   o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada   a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão   primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz:   "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com   voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão   primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará   esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos   celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em   verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos   os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão"   (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas   ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou   a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará   da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma   ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância   decisiva em relação à eternidade. Você já   tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida   (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus?   Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda   hoje!
• Quando   o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem:   "...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!"   (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões   de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega   a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem   para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos   que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não   importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação   nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador,   Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo   33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois   ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare   também Is 55.4).
Essa "palavra   de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à   voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião   do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que   lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef   6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para   a Sua glória.
Quarta   certeza: a voz do arcanjo
"Porquanto   o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada   a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão   primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo"   se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo,   o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como   Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo   de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo   celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que   suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente   este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés:   "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava   a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo   difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!"   (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão   contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão   e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso   ao céu (Ap 12.7-9).
Por que   se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que   e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do   Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas   significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu   te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém   há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso   príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo   especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará   Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..."   (Dn 12.1).
Devemos   lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição   e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça   terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo,   então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito   Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso   será restabelecida novamente uma espécie de "situação   do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de   anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação   "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa   do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando,   ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas   o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme   meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros   discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário.   Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor   Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em   alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras,   adormeceu" (At 7.59-60). Quanto às condições típicas   do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também   das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com   toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar   os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja   de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª   semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará   a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja   estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande   Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente   para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico   de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel),   e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse   tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos   filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve,   desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele   tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no   livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando   a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação   tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de   Israel, pois então começará a salvação do   remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra   ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror   eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor   do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as   estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras   e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão,   e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos   e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles   entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e   10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma   chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente   muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe:   eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta   sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...)   Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense,   e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta   regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex,   "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando   um casal se converte e é batizado".
(...)   A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada   e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o   exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria   conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária   do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa   oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica   também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis   com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta   Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras   e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão,   e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará?   Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias.   Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros   das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos   30 anos!
Mas, voltando   à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor   quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois   o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor,   com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de   Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade   desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que   atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado   em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança   de Deus.
O arrebatamento   da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada   da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável   na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento   revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos   subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel irromperá   um avivamento
Romanos   11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos,   que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em   vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que   haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)."   Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo   de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará   o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então   muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor   Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após   o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus,   à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro   de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho   espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que   nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para   trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias,   livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados.   Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários   bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias.   Essa esperança já germina atualmente no coração   de muitos judeus.
Depois do   arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap   7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão   e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto   os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados   por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para   sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão.   Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com   o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27;   Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que   muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão   ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão   (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente   em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas   atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel   como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua   voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente   de Israel.
Como vimos,   em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus   Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento   e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora   já está muito adiantada?
Quinta   certeza: a trombeta de Deus
"Porquanto   o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada   a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão   primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é   a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar   de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os   mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."   Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para   a casa do Pai.
Por que   ela é chamada de "última trombeta"? Porque então   a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação   da anunciação do Evangelho da graça começou com   uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou   com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação   do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada".   Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do   Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês   trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito:   "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda   a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do   mundo."
A trombeta   do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou   por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta,   o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça   chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude   terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à   casa do Pai.
Em que será   que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo   escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles   ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas.   Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de   Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas   duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia:   "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão   para convocares a congregação e para a partida dos arraiais"   (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas   para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento   e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação   (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos   são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida.   Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É   interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata.   Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação]   (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela   vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga.   Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela   prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na   cruz.
As diferentes   maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando   as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento   e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação   (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando   as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme",   isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal   para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração   do arrebatamento.
Agora ainda   ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for   tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para   o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento   de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento.   É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa   terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também   tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá   lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do   arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará   de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia   isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará   o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós,   ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará   uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria   e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão   ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos   já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o   arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete   trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta   de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça.   Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação,   o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para   a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente   será reunido.
• As trombetas   tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de   juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além   disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já   se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam   a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É   muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences   4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque   o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...".   Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja   – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele   mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal   para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também   é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta   de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não   seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo   Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é   o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo   (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve   haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas   de juízo.
Sexta   certeza: ressurreição e arrebatamento
"Porquanto   o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada   a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão   primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados   juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,   estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata   aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos em Cristo   e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos   os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do   juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição   seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que   estão em Cristo.
Em João   5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não   vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos   ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a   ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição   do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos   depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os   admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se   de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento:   "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem   as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse   dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando   uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi   o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co   15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um,   porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois,   os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação,   em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão   em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é   a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras   pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele   pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal   com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão   para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira   ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu   trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1   Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra,   mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos   que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o   arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos   que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos   serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente   ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva   para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra   e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá   numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima   certeza: estar para sempre com o Senhor
"...e,   assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros   com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos   para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo   o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará   sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado,   todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo   será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para   sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor"   significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará   de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está   escrito em Tito 2.13:
"...aguardando   a bendita esperança e a manifestação da glória do   nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando   ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória   do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem   não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que   não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta   passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos   mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas   que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança   e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre   com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas   e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que não está em   Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está   "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa   sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você   pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança   de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também   para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação   consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso   pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também   em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus   vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se   dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus...   Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança". 
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