EIKE BATISTA É REAL OU ILUSÃO...
2º
PARTE: ILUSÃO, DINHEIRO PÚBLICO E ESPECULAÇÃO.
A fortuna de
Eike Batista foi construída sobre três pilares:
1 – Discurso
otimista.
2 –
Dinheiros público, dos impostos, emprestado principalmente pelo BNDES (que
botou mais de 10 bilhões de reais na mão do cara).
3 –
Investimentos feitos pela compra de ações das empresas na Bolsa de Valores.
Eike Batista
anunciou quantidades monstruosas de petróleo a serem retiradas, por ano, dos
campos sob sua concessão. Anunciou uma rentabilidade fantástica sobre os
investimentos feitos em suas empresas. E com isso, iniciou uma
"bolha": um monte de gente comprou ações dessas empresas, apostando
em um futuro de retornos fabulosos.
Só depois de reunir em torno de si cifras enormes aplicadas
tanto por outras empresas, como por investidores particulares, Eike começou a
revelar a verdade. Passou a reduzir as projeções de extração e de lucro
futuros, revelando números bem mais modestos. Quando ficou evidente que as
previsões iniciais eram pura fantasia, a "bolha" estourou: ações compradas
por cem dólares pelos investidores passaram a valer vinte. Houve corrida para
vender os bilhões de reais que agora eram apenas "papel podre". E com
isso os valores caíram mais
inda. Finda a especulação, descobre-se a verdade: aquilo que
no mundo especulativo, no papel, parecia valer ouro, agora sabe-se que vale
pouco mais que nada.
Eike tem credores. O povo brasileiro é o maior deles.
Apostando no sucesso das empreitadas de Eike, o governo federal passou a
conceder empréstimos monumentais para que ele pudesse colocar em operação suas
empreitadas. Nossos governantes, na certa, apostavam que aquilo ajudaria a
levar o Brasil aos píncaros da glória petrolífera, gerando empregos e riqueza
para o país, e que Eike, lucrando como louco, pagaria os empréstimos sem
problema. Quando o império começou a desabar, surgiu então o problema: o cara
vai pagar as contas?
O governo tem a obrigação de zelar pelo dinheiro do povo,
que ele administra. Então é claro que alguns destes empréstimos foram feitos
sob garantia, ou seja, Eike teve que designar alguma coisa, de seu patrimônio,
para o governo pegar caso ele não pagasse a conta. O problema é que ninguém
sabe até que ponto as garantias eram ou não o capital das empresas do Eike, que
agora não valem quase nada. Ou seja: o erário pode acabar sendo
"pago" com papéis sem valor.
CONTINUA...
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