quinta-feira, 2 de julho de 2015

QUE COISA ABSURDA...

               Pescador de Mianmar volta para casa após 22 anos como escravo
A coisa mais triste é saber que existem alguém com o coração tão ganancioso , como deste capitão como este cara, será que ele esqueceu  que nos estamos em pleno século 21 que este tipo de coisa não era para acontecer mais, estamos em outro tempo e não no tempo da escravidão, alguém precisa falar pra ele que este tempo agora é e outro, eu fiz questão de copiar esta matéria por que para mim é o cumulo do absurdo.
                                               LEIA A MATÉRIA COMPLETA QUE COISA HEM.
Tudo o que ele fez foi pedir para voltar para casa.
Da última vez em que o escravo mianmarense fez o mesmo pedido, ele foi espancado quase até a morte. Mas após oito anos fora e forçado a trabalhar em uma embarcação na distante Indonésia, Myint Naing estava disposto a correr o risco para ver sua mãe de novo.
Então ele se jogou ao solo e implorou por liberdade. Em vez disso, o capitão prometeu matá-lo por tentar abandonar o navio, e o acorrentou por três dias sem água e sem comida. 
Ele ficou com medo de que desapareceria. E que sua mãe não teria ideia de onde procurá-lo. Myint é um dos mais de 800 atuais e ex-escravos resgatados ou repatriados após uma investigação de um ano pela "Associated Press" sobre o grande problema de trabalho escravo na indústria pesqueira do Sudeste Asiático. 
Apenas o setor pesqueiro próspero da Tailândia conta com estimados 200 mil trabalhadores imigrantes, muitos deles forçados a embarcar nos navios pesqueiros após serem enganados, sequestrados ou vendidos. É um negócio brutal que funciona há décadas, com as empresas dependendo de escravos para fornecer peixes aos Estados Unidos, Europa e Japão –tanto para as mesas de jantar quanto para as tigelas dos gatos. 
Myint, sua família e amigos narraram sua história para a "AP", que também acompanhou parte de sua jornada. Ela é notavelmente semelhante aos relatos apresentados por muitos dos mais de 330 atuais e ex-escravos de Mianmar, Camboja, Laos e Tailândia entrevistados pessoalmente ou por escrito pela "AP". 
Em 1993, um intermediário visitou a aldeia de Myint no sul de Mianmar com a promessa de empregos para homens jovens na Tailândia. Myint tinha apenas 18 anos, nunca tinha viajado, mas sua família estava desesperada por dinheiro. Assim, sua mãe acabou cedendo. Quando o agente retornou, ele fez com que seus novos recrutas pegassem suas malas imediatamente. 
A mãe de Myint não estava em casa. Ele nunca pôde se despedir. 
Um mês depois, Myint se viu no mar. Após 15 dias, seu navio finalmente ancorou na ilha indonésia remota de Tual, cercada por algumas das zonas de pesca mais ricas do mundo. O capitão tailandês gritou que todos a bordo agora pertenciam a ele: "Vocês mianmarenses nunca mais voltarão para casa. Vocês foram vendidos e ninguém virá resgatá-los". 
Myint passava semanas em mar aberto, vivendo apenas de arroz e partes do pescado que ninguém mais comeria. Com a expansão das exportações da indústria pesqueira tailandesa, a pesca em excesso obrigava as traineiras a irem cada vez mais longe em águas estrangeiras. Assim os imigrantes ficavam presos por meses, até mesmo anos, a bordo de prisões flutuantes. 
Durante os períodos mais movimentados, os homens trabalhavam até 24 horas por dia. Não havia medicamentos e eles eram forçados a beber água do mar fervida. Aquele que fizesse uma pausa ou adoecesse apanhava do capitão. Os pescadores disseram que os trabalhadores em alguns navios eram mortos se reduzissem o ritmo de trabalho, enquanto outros simplesmente se atiravam ao mar. 
Myint recebia apenas US$ 10 por mês, às vezes nada. Em 1996, após três anos, ele se cansou: ele pediu pela primeira vez para voltar para casa. 
Seu pedido foi respondido com um golpe de capacete fraturando seu crânio. 
Ele fugiu. Uma família indonésia se apiedou de Myint até ele se recuperar e então lhe ofereceu comida e abrigo pelo trabalho dele em sua fazenda. Por cinco anos, ele viveu essa vida simples. Mas não conseguia esquecer de seus parentes em Mianmar ou dos amigos que deixou para trás no navio. 
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