1 Tm.4:1; 2 Tm.3:1
Introdução
Estamos vivendo dias difíceis neste mundo. Parece ser de comum acordo para todos esta afirmação. Alguém pode afirmar, mas quando foi fácil?! Meu questionamento é com respeito a fé cristã e o mundo a qual ela esta inserida. Parece difícil para alguns ver mais apesar das “aparentes” vitórias dos ditos “evangélicos” estamos passando por o maior momento de crise da igreja brasileira.
Segundo uma pesquisa realizada na America Latina por uma grande empresa constatou que a Igreja Cristã ficou para os latinos como a segunda maior instituição a se confiar. O estranho é que no Brasil a igreja ficou em 3º lugar perdendo para os meios de comunicação.
O que mais é intrigante de tudo isso é que em primeiro lugar tanto para os latinos como para os brasileiros é que a instituição familiar ainda é a primeira e maior instituição a ser confiada. No Brasil 87% da população crédita a família confiança. Mas a final de onde a instituição familiar retira seus princípios e valores?
Outra pesquisa realizada pelo Ibope entre os dias 18 e 22 de agosto, mostrou que as igrejas evangélicas estão em 7º lugar entre as instituições com maior credibilidade entre os brasileiros. A pesquisa entrevistou 2002 pessoas, em 143 diferentes municípios, onde a maioria (81%) confia, primeiramente, em médicos, seguida da Igreja Católica (71%) e as Forças Armadas (69%).
Enquanto que nos Estados Unidos uma revista de grande circulação a Christian Today traz em sua matéria que “a maioria dos cristãos americanos não acreditam que o Cristianismo seja o único caminho para a vida eterna”!
Essa situação mostra a que ponto nossa credibilidade está abalada. Não pelo fato de professarmos uma fé transformadora e atuante, mas estamos sendo marcado por aquilo que não caracteriza o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pergunto a você que lê este artigo: Como vai a sua fé? Você sabe de fato em quem você crê? Você conhece o livro de capa preta que você trás a igreja? Você busca ter algum domínio do corpo de doutrinas que a palavra de Deus tem para nós? Você sofre por amor ao Deus que te entregou a vida na cruz do Calvário? Ou você está muito cômodo a situação do evangelho que lhe apresentaram?
Elucidação
O objetivo desta epístola parece ser que, como Timóteo ficou em Éfeso, Paulo lhe escreveu para adverti contra a influência dos falsos mestres que corrompem a pureza e a simplicidade do evangelho com distinções sutis e disputas intermináveis. Ele o exorta a ter um cuidado constante com a maior diligência, fidelidade e zelo.
Os dias difíceis que o Espírito expressamente fala a Paulo deve se referir aos nossos dias. Dias esses que muitos estejam atribuindo como “bons dias!”. Dias de prosperidade, de unções (ousadia, conquista, multiplicação, posse, riso, etc), de cair no Espírito, de megatemplos, de empreendimentos faraônicos, de extrema ênfase midiática, de deputados, senadores e quem sabe um futuro presidente da República Crente!!!
Esse aparente contexto de “avivamento” que estamos convivendo nada mais é que aspectos da atuação malígna dos falsos mestres. Onde a glória da vida eterna foi substituida pela glória terrena.
Onde céu é aqui, e você pode impor a Deus as suas convicções e decretar o que Ele tem que fazer por você. Não que não vivemos uma vida melhor em Cristo, mas o seu Reino não é desta terra!
Segundo divulgação do site: www.creio.com.br a TV Caracol de Bogotá-Colômbia divulgou o que eles chamaram de fenômeno religioso, onde 7 igrejas do MCI (Movimento Carismático Internacional), igrejas que iniciaram o movimento do G-12 naquele país, tornaram-se sinagogas.
Hoje é comum como a exemplo de 2000 anos atrás alguns ditos “homens de Deus” tentarem judaizar o Cristianismo, com bandeira de Israel nos púlpitos, shofas, menorás, descrições em hebraico, kipar, estola, aplicação hermâneutica de forma alegórica dos textos do AT para os dias de hoje, etc.
São a esses tipos de pessoas que eu desejo alertar aos irmãos a não ouvirem, não comprar suas literaturas, não fazer parte com eles em nada, não lhes atribuirem alguma sabedoria. Pois a estes escreveu o apóstolo Pedro: “ No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda. (2 Pedro 2:1-3)
Espero que todos compreendam a que grau de problemas estamos enfrentando hoje. Reflitamos então no que devemos perseverar a fazer, ou seja, o que devemos continuar a praticar para que não venhamos a incorrer nos mesmos pecados e distorções destes.
Transição: O que devemos manter como prioridade para a manutenção saudável da nossa fé
1) Alimentar-se da Palavra
Não é nada novo o que temos que falar aqui. Ainda refletindo o conselho pastoral do amado apóstolo Paulo, a fé cristã é concebida (gerada), de preferência, por meio da apropriação, adesão e fidelidade à doutrina da Palavra.
A fé cristã é fruto de um encontro espiritual/intelectual da criatura com o Criador. A ignorancia com respeito a palavra de Deus gera falta de clareza com respeito a Deus e sua obra, inabilidade para o serviço e condenação “...Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram...” (2Pedro 2:12,13).
A palavra de Deus é uma das ferramentas a serem utilizadas contra as astutas ciladas do inimigo, “a espada do Espírito” deve ser bem manejada por todos os eleitos de Deus.
Uma mente afiada na palavra do espírito se torna fortalecida para vencer as tentações e combatê-las com conteúdo.
O inimigo tem se aproveitado do desinteresse da igreja atual pela palavra e isso lhe garante certa vantagem no combate. No entanto, um povo bem doutrinado pregará melhor, evangelizará com informação, orará a palavra e fará público a sua esperança em Cristo.
2) Exercitar-se no Amor
O amor que Paulo aqui se utiliza é traduzido pela palavra “piedade” utilizando-a por dez vezes em suas cartas pastorais. Ele aplica a piedade como a conduta de vida moral que todos os cristãos devem ter:
1) Por que o amor tem mais proveito que qualquer outra coisa na vida; e
2) Por que o amor é tanto uma bênção a ser desfrutada nesta vida quanto na futura.
Podemos ter todas as coisas nesta vida e até falar a língua dos homens e dos anjos, mas se não tivermos amor de nada nos servirá ter tudo isso! Para Paulo exercitar o amor é colocá-lo em prática na minha vida cotidiana.
Como povo de Deus devemos nos despertar para um papel pastoral diante da vergonha social que temos enfrentado.
A exemplo de Jesus, em Mt.18:1-14, ele relata quem é o maior no Reino dos céus, tomando o exemplo de uma criança da terra de Cafarnaum. Pergunto-lhe, imaginemos Jesus, em Planaltina, no Brasil, por exemplo, pegando uma das crianças que perambulam por ai, dessas que a gente chama de “trombadinha”, “deliquente”, etc e colocando-a em meio a roda dos seus questionadores, apresentá-la como símbolo do que há de melhor na sociedade?
A igreja aceitaria essa atitude do mestre?!
Creio que não, pois a falta da piedade tem gerado um sentimento de discriminação nas pessoas, e ao invés de um carinho e afago, desprezo e medo.
Exercitar a piedade é entender que os pequeninos são importantes para Deus, que os fracos precisam se fortalecerem, que os desprezados precisam de carinho, que o mundo geme por amor...
“A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo”. (Tiago. 1:27)
Conclusão
Volto a perguntar: como vai a sua fé? O essencial para uma fé forte nesse período de desconfianças e de crise é, com certeza, a prática da leitura da palavra e do exercício do amor.
Os dias difíceis são para aqueles que lutam pela manutenção da verdade do evangelho e buscam transmiti-lo sem acrescimos.
Ou , pelo contrário, para muitos que estão lendo neste momento o artigo deve está discordando, por achar que nunca teve tão bom ser crente como hoje!
Se você entende esses dias como bons para a igreja de Jesus eu lhe digo que daqui a pouco tempo teremos problemas morais, espirituais, emocionais dentro de nossas igrejas como nunca vimos antes e saberemos até que ponto foi nossa negligência.
Faça a diferença, largue de mão esses modismos.
Viva o verdadeiro Evangelho do Cristo.
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